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EXOESQUELETO INTEGRA O HOMEM À MÁQUINA

Entre os sistemas vestíveis disponíveis no mercado, uma das áreas que mais avançam no ambiente de manuseio de materiais é a da Wearable Robotics, a robótica vestível ou, mais especificamente, os exoesqueletos.


Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay


Assim como outras tecnologias robóticas, a ideia de robôs integrados com seres humanos é antiga, mas foi o desenvolvimento tecnológico que possibilitou, nos últimos anos, que a ideia se tornasse uma realidade em diferentes áreas de atuação. Entre alguns objetivos do uso de exoesqueletos estão: 1. Redução do esforço em trabalhos que provocam lesões. 2. Redução da fadiga, promovendo mais agilidade e produtividade operacional. 3. Manutenção da qualidade durante trabalhos de longa duração.

Embora pareçam iguais, existe uma grande diversidade de exoesqueletos para aplicação em operações logísticas de manuseio, abastecimento, carga e descarga.

1. Exoesqueletos passivos: esses sistemas consistem de um braço mecânico que suporta o peso (ex.: ferramenta) em uma de s.uas extremidades que está ligada a algum tipo de contrapeso. O exoesqueleto, neste caso, é chamado de passivo e todo o peso é transmitido diretamente para o chão.

2. Exoesqueletos para sentar: são estruturas leves, utilizadas sobre as calças de trabalho e que podem atuar como “cadeiras”, endurecendo e travando sua posição em determinado ponto. Isso diminui a fadiga durante atividades de agachamento ou atividades que demandam ficar parado muito tempo na mesma posição.

3. Suporte de costas: esses exoesqueletos ajudam a manter a postura correta das costas enquanto o operador se curva para executar uma operação de elevação. Obviamente, ajuda a reduzir a carga aplicada sobre os músculos das costas e/ ou coluna cervical.

4. Luvas robotizadas: esses exoesqueletos foram desenvolvidos para as mãos com o objetivo de ajudar os operadores a ter um aperto (pressão) mais forte, principalmente em ferramentas de trabalho.

5. Exoesqueletos completos: no passado, essa era a visão de exoesqueletos para aplicação nas operações industriais. Obviamente, assim como aplicamos a automação nas operações logísticas, os desenvolvedores de exoesqueletos migraram seus desenvolvimentos para exoesqueletos menores e especializados para obter melhor retorno sobre os investimentos.

6. Robótica supranumerária: a palavra supranumerária significa excedente, adicional ao que já é padrão. Pode parecer estranho à primeira vista, mas adicionar mais braços é a proposta de alguns exoesqueletos. Imagine o potencial de um operador controlando (quatro) braços ou mais em uma determinada tarefa.

7. Exoesqueletos otimizantes: a palavra otimização é bastante conhecida, mas utilizar exoesqueletos a fim de monitorar a atividade metabólica durante sua utilização é algo que pode avançar ainda mais a aplicação dessa tecnologia. Ou seja, quanto esforço (gasto de energia) é necessário para caminhar? Por exemplo, ao longo de uma hora em uma esteira, um algoritmo analisa o exoesqueleto e, depois dos testes, um algoritmo genético escolhe os melhores desempenhos e alimenta os softwares de controle de movimentos, fazendo com que o operador gaste o mínimo esforço para caminhar.

Pioneirismo na América Latina

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA) é a primeira empresa na América Latina a incorporar a tecnologia do exoesqueleto ao processo produtivo. Os conjuntos estão sendo aplicados nas linhas de montagem e logística do Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), para reduzir o esforço muscular e melhorar a condição ergonômica dos operadores da manufatura. Leve e de fácil adaptação, o sistema acompanha os movimentos do funcionário com total sincronismo. O investimento total para 10 conjuntos ultrapassou US$ 80 mil. Além disso, dois exoesqueletos para sentar foram adquiridos da empresa suíça Noone e funcionam como uma espécie de cadeira, sustentando o peso do operador no momento em que senta. Os outros conjuntos são da marca norte-americana suitX. O sistema biomecânico é vestido como um colete. Max Nunes dos Santos, que trabalha com o exoesqueleto na montagem de motores da FCA, destaca: “Ele vai junto com a gente e carrega o peso. Estou me sentindo muito mais descansado. É como se fosse meu uniforme e já faz parte do meu dia a dia”.

publicado por:

Eduardo BANZATO - linkedin

fonte: https://www.linkedin.com/pulse/exoesqueleto-integra-o-homem-%C3%A0-m%C3%A1quina-eduardo-banzato?trk=portfolio_article-card_title

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