Porto oceânico aprimora a logística do Porto de Santos
- gdock
- 30 de jan. de 2023
- 3 min de leitura

Inegável o insucesso do programa de desestatização dos portos, no governo anterior. Até mesmo a única privatização, a toque de caixa, da Companhia Docas do Espírito Santos (Codesa), não conseguiu convencer que tenha sido a melhor solução para o Brasil. Construir o Porto de Santos oceânico é a oportunidade de desenvolver um modelo de logística que garanta o atendimento de navios cada vez maiores; maior movimentação de carga e com acesso eficiente dos modais do transporte terrestre de longa distância. Utilizando tecnologia blockchain, como inteligência logística descentralizada e com interações diretas entre parceiros contratuais, rumo ao futuro com resultados.
É necessário bem conceituar o papel do porto oceânico e debater as vantagens que ele promove em uma comunidade que compete entre si e, hoje, é servida por um canal insuficiente para receber os navios modernos de grandes calados, transportando maior volume de carga a menor custo. Considerando que se trata de construir uma infraestrutura portuária ampliando a capacidade operacional do Porto de Santos, possível por meio de um Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Conforme anuncio o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, esse modelo de financiamento é estratégico para realizar as obras de infraestrutura necessárias e, atualmente, sem recursos.
Construtivamente, há manifestações de interesse em participar dessa obra. Logisticamente, é um novo tempo para fortalecer a perenidade de posicionamento líder do Porto de Santos e oportunidade para reformulação de contratos. O ânimo que impulsionou o movimento Santos17, até a constatação da sua inviabilidade técnica, aponta à necessidade de Santos também receber os maiores navios do mundo. Um desafio que envolve a navegação em evolução tecnológica para operar logísticas complexas eficientemente, da origem ao destino da carga.
A questão privado-estado é uma componente da estrutura de decisão, assim como a administração eficiente pode minimizar os custos da construção e da operação do porto oceânico. A localização em Praia Grande, na Ponta Itaipú, para o qual já há um estudo, tem opiniões favoráveis e influentes. O ministro dos Portos, Márcio França, quando prefeito de São Vicente, era entusiasmado com esse projeto, para fazer o comércio marítimo passar pela cidade que administrava. Sem sombra de dúvida, uma visão avançada. O ex-prefeito de Praia Grande e deputado federal, Alberto Mourão (MDB), também é favorável a esse porto oceânico e participou do seu estudo.
O cerne da questão é a competitividade do Porto de Santos ameaçada. Ou, cravar a oportunidade de aumentar a escala de movimentação de carga. Estes fatores são bem conhecidos no processo de decisão do que se trata e envolvem aspectos físicos, comerciais, sociais e estratégicos. Na visão de plataforma logística, é exigente trazer também para essa conversa, o projeto Andaraguá, na Praia Grande, que inclui um aeroporto. Importante, também, considerar o potencial de ligação hidroviária dessa região com o Porto de Santos, incluindo o canal e município de Bertioga. Uma possibilidade de mais uma logística global, na Baixada Santista.
Como parte destacada nesse pujante comércio marítimo, bem como por causa da intensidade do debate mundial sobre política industrial, a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) também é voz na discussão desse projeto, como foi do Santos17. Cenário em que a produtividade do porto compõe o preço final do produto e influencia a sobrevivência da empresa. Certamente, o porto oceânico tecnológico da Baixada Santista reduz custos operacionais e agiliza o curso da carga.
fonte: https://portogente.com.br/noticias/dia-a-dia/115226-porto-oceanico-aprimora-a-logistica-do-porto-de-santos
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