Entenda o que é romaneio de carga e como ele pode ser emitido
- gdock
- 1 de out. de 2020
- 4 min de leitura

Imagem de Francesco Romeo por Pixabay
A gestão do transporte de carga e da logística como um todo requer o controle de um volume de informações enorme. O fluxo desses dados é constante e lidar com ele faz parte da rotina das transportadoras. Para facilitar a organização e evitar erros e inconsistências, existem práticas e recursos que contribuem para a eficiência, como é o caso do romaneio de carga.
Esse instrumento é usado para coordenar informações referentes às mercadorias despachadas. Para saber mais sobre suas características e como ele pode ser aplicado no dia a dia do seu negócio, continue a leitura deste post e entenda tudo sobre o assunto!
O que é exatamente o romaneio de carga?
Pode-se afirmar que o romaneio de carga é um tipo de documento comumente utilizado no transporte de mercadorias, o qual visa integrar em um só lugar todas as informações pertinentes dos pedidos que estão sendo distribuídos. Assim, nele, você encontra uma lista completa com todos os volumes e uma descrição sobre o conteúdo de cada um, quantidades, entre outros dados.
Quando ele é utilizado?
O intuito é usá-lo para agilizar o processo de conferência — durante o embarque ou desembarque — e até na fiscalização. Vale lembrar que sua emissão não é obrigatória de acordo com a legislação atual, mas sua aplicação é altamente recomendada para otimizar as etapas operacionais da transportadora.
No comércio internacional, ele é útil e regularmente utilizado na hora do desembaraço aduaneiro e para compor a Declaração de Importação, bem como para outros documentos exigidos pela Receita Federal. Nesse contexto, ele é conhecido também pelo termo equivalente em inglês packing list.
Qual é sua importância?
Além de aprimorar o controle e a organização, o romaneio de carga é um grande aliado da logística de distribuição. Um dos seus maiores benefícios é reduzir casos de trocas e erros nas remessas. Da mesma forma, ele colabora para a diminuição de roubos e extravios de mercadorias, que, infelizmente, são transtornos que podem ocorrer durante o transporte.
Logo, com a redução dos índices de erros e perdas, mais acertados são os processos operacionais e melhor é o êxito do serviço prestado aos clientes. Ao mesmo tempo, menos falhas favorecem também a otimização de custos.
Em suma, a melhora da qualidade do transporte significa que os clientes ficarão mais satisfeitos, o que potencializa a competitividade da transportadora e sua reputação positiva no mercado.
Como ele é emitido?
Gerar o romaneio de carga é uma tarefa simples que pode ser realizada por meio da adoção de planilhas básicas que comportem as informações das mercadorias da empresa. Todavia, em vez de preencher planilhas manualmente, uma alternativa mais inteligente é automatizar essa atividade e emiti-lo com o auxílio de softwares para gestão de transportadoras.
Com essa ferramenta, o romaneio estará integrado às demais etapas do negócio. Na hora de montar a lista, os dados são coletados de todo o sistema da empresa instantaneamente, tornando o procedimento mais rápido e confiável.
Assim, serão raros os casos de erros de lançamento e desencontro de informações — que são falhas que resultam em perda de tempo, retrabalho, atrasos nos demais processos e improdutividade.
Informações que devem ser inseridas
Não existe um modelo oficial para a emissão do romaneio de carga. Mas, para que ele cumpra sua função, a transportadora não pode se esquecer de incluir alguns dados essenciais nesse documento, como:
notas fiscais que seguirão com os produtos;
quantidade de volumes;
identificação (única) para cada pedido;
especificação das embalagens usadas no transporte — caixas de papelão, madeira, plástico, paletes etc.;
características básicas de cada carga — volume, dimensões e peso.
Em alguns casos, o romaneio de carga pode ser um pouco complicado em relação às informações. Por exemplo, no transporte de grãos (carga a granel) ou de produtos que não são embalados (automóveis, máquinas muito grandes). Nessa situação, a identificação ocorre por meio do número de chassi (grãos) ou de série (carros e máquinas).
O que diz a lei sobre o assunto?
O romaneio de carga é obrigatório somente quando um regulamento do governo solicitar. Podemos especificar dois casos:
1. A Instrução Normativa SRF nº 680/2006;
2. O Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6759/2009).
Ambas as normas solicitam o romaneio quando ele for aplicável. O “quando aplicável” se refere, principalmente, a dois casos:
quando a carga tiver que atravessar uma fronteira internacional;
quando a carga transportada for classificada como perigosa, como combustível, remédios, produtos que, não sendo devidamente manuseados, podem causar contaminação.
No primeiro caso, as ocasiões que requerem o romaneio são a declaração aduaneira, a declaração de importação e o desembaraço da carga.
Enfim, como o documento não é obrigatório na maior parte das vezes, cada gestor de frota e cada empresa podem efetuá-lo do modo que julgarem mais conveniente. Como, fora das situações obrigatórias, não há um modelo único para o romaneio de carga, o gestor tem a liberdade de ajustá-lo às necessidades da logística empresarial.
Para tornar a prática do romaneio algo comum na transportadora, é importante construir duas listas que assumirão a função de banco de dados.
A primeira lista deve conter especificações sobre os caminhões da frota: modelos, dimensões, capacidade. A segunda lista deve conter os nomes das empresas com as quais o gestor, de alguma maneira, mantém contato por meio de sua frota — podem ser fornecedores ou clientes. É importante registrar a frequência com que eles são atendidos e os endereços deles.
Essas informações facilitarão a emissão do romaneio e outras tarefas, como traçar o roteiro de todas as cargas que precisam ser entregues pelo mesmo caminhão ao longo de um dia de jornada.
fonte: https://bsoft.com.br/blog/o-que-e-romaneio-de-carga-e-como-emitir
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